Produtores brasileiros participam de principal feira de cafés especiais da Austrália
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Empresários brasileiros, integrantes do projeto “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), fecharam US$ 3,25 milhões em negócios presenciais na Melbourne International Coffee Expo – MICE 2024, realizada de 12 a 14 de maio, na Austrália.
Por meio de 106 contatos comerciais feitos, sendo 49 com novos parceiros, eles têm a expectativa de concretizar mais US$ 11,25 milhões até a próxima edição do evento, o que elevaria o total a US$ 14,5 milhões.
A participação da delegação brasileira na MICE 2024 — principal evento cafeeiro australiano, que reuniu cerca de 11 mil visitantes de todos os segmentos da cadeia global de fornecimento e conectou proprietários de cafés e baristas com produtores mundiais —, deu-se em estande, onde foram realizadas sessões de cupping e havia um brew bar, que apresentou ao público cafés de várias origens produtoras do Brasil, arábicas e canéforas, servidos em diferentes formas de preparo, como filtrados e espressos.
Segundo o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, embora seja um país relativamente pequeno, a Austrália é um mercado muito promissor aos cafés do Brasil, com oportunidades para todos os perfis e qualidades.
"Cafés commodity são ótimos para a indústria de solúvel; os naturais, com notas de chocolate e caramelo, e os conilons e robustas finos servem bem para espressos; por fim, os cafés especiais brasileiros atendem aos paladares mais exigentes, com seus perfis sensoriais e diversidade de origens", explica.
De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), o consumo de café na Austrália foi estimado em 2,1 milhões de sacas na safra 2022/23, o que corresponde a 4,7 kg per capita. Já a organização de pesquisa McCrindle detalha que 75% dos australianos consomem ao menos uma xícara de café por dia, sendo que 28% desses tomam três ou mais xícaras diariamente. Além disso, 27% da população diz não conseguir viver um dia sem a bebida e 20% se consideram “coffee snob”, ou seja, opta por seu café com base em qualidade e sabor, não se contentando com preparo rápido e preço barato.
Em 2023, conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a Austrália importou 434 mil sacas do produto brasileiro, ocupando o 21º lugar no ranking dos principais destinos.
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Fonte: ApexBrasil