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Agro do RS aponta perdas de animais e pastagens causadas pelas enchentes

Os produtores rurais no Rio Grande do Sul citaram a perda de animais entre os principais prejuízos causados pelas enchentes que atingiram o estado em maio, segundo dados no Boletim Extraordinário elaborado pelo Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs).

O Copaaergs também faz orientações aos produtores rurais sobre como proceder nos próximos meses, segundo o boletim elaborado no último dia 23 de maio e divulgado pela Secretaria da Agricultura do RS na segunda-feira (3).

O principal prejuízo identificado pelos produtores rurais do RS com as enchentes foi a perda parcial da produção agrícola, citada por 25,75% deles, seguida de danos à infraestrutura, como galpões e estradas (11,71%), e perda de animais (3,68%), segundo levantamentos iniciais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Os produtores rurais também enfrentavam dificuldades de escoamento da safra agrícola já colhida, transporte e armazenamento de grãos, inclusive em função dos danos às infraestruturas de transporte como rodovias, ferrovias e portos, o que a poderia ter reflexos sobre as exportações, segundo o boletim.

O balanço dos prejuízos da cheia também aponta a possibilidade de escassez e encarecimento de produtos, especialmente frutas, verduras e legumes, dadas as perdas na horticultura, assim como rações para alimentação animal.

“Há também os impactos negativos sobre as pastagens, prejudicadas pelos alagamentos, e a perda de rebanhos e criadouros de aves, que devem elevar os custos logísticos desse segmento”, segundo o boletim.

O Copaaergs orienta produtores de animais com pastagens afetadas que utilizem suplementação alimentar como concentrados, silagem e feno, sal mineral proteinado, procurando manter a condição corporal e produtividade dos animais.

Os produtores também devem utilizar reforço profilático para bovinos, incluindo vacinação para todas as categorias animais para leptospirose e doenças respiratórias. “Devido a condições ambientais desfavoráveis, indica-se desverminar os animais, principalmente os jovens, incluindo controle da Fasciola Hepática.”

Os produtores de animais também devem buscar o controle e a prevenção de doenças de casco, oferecendo um ambiente higienizado, com piso seco e limpo, aos animais. O Copaaergs também indica que produtores façam o casqueamento preventivo e, em casos de vários animais estarem acometidos, fazer a utilização de pedilúvios na propriedade.

A observação diária dos animais para detectar precocemente alguma alteração e a realização de limpeza das instalações e de todos os utensílios que terão contato com os animais também são indicadas.

O Boletim Extraordinário foi elaborado em reunião do Copaaergs em 23 de maio com a participação de representantes de diversas instituições de pesquisa, extensão rural, universidades e demais órgãos dos governos estadual e federal.

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Fonte: Carnetec

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