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Relatório detalha perdas por culturas no RS

Um relatório técnico com uma análise detalhada dos impactos das chuvas e enchentes extremas ocorridas no Estado do Rio Grande do Sul entre 30 de abril e 24 de maio de 2024, foi divulgado pela Emater/RS.

As perdas se referem principalmente à área plantada e aos produtos armazenados, como arroz, milho, soja e feijão.

Soja

Em relação à soja, a segunda estimativa, realizada em novembro de 2023 pela Emater/RSAscar, indicava produção estimada de 22.246.630 toneladas em área de cultivo de 6.681.716 hectares, com produtividade de 3.329 kg/ha. A área afetada pelo evento está estimada em 1.490.505 hectares, e as perdas de produção são de 2.7 milhões de toneladas. A nova estimativa de produção estadual, descontando as perdas levantadas, deverá totalizar 19.532.479 toneladas, e a produtividade reduzida para 2.923 kg/ha.

Arroz

Segundo Nota Técnica do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), publicada em 28 de maio de 2024, a área estimada para o cultivo do arroz é de 900.203 hectares de arroz irrigado. Foram colhidos 810.272 hectares (90%), e a produção total é de 6.824.878,5 toneladas. Restam 89.931 hectares a serem colhidos; desses, 22.952 hectares estão totalmente perdidos, principalmente na Região Central. As áreas parcialmente submersas, que não estão totalmente perdidas, somam 17.876 hectares e abrangem outras regiões, mas se concentram na Região Central e Planície Costeira Interna, que apresentam baixas produtividades. Restam também 49.103 hectares não atingidos pelas cheias, que estão sendo colhidos, mas que apresentam produtividades muito abaixo das obtidas até o momento, pois a colheita não está evoluindo de maneira eficiente devido às condições climáticas.

Duas regiões apresentaram silos atingidos pelas enchentes: 6 (seis)silos na Planície Costeira Interna, todos em Eldorado do Sul/RS, onde foram comprometidas 19 mil toneladas; e na Região Central, 122 silos danificados, distribuídos nos 33 municípios da região, com comprometimento de 24.106 toneladas. O total de ambas as regiões é de 43.106 toneladas de arroz afetados.

Durante o 3º Fórum Futuro do Agro, realizado na capital paulista nesta quarta-feira, Márcio Madalena, secretário adjunto de Agricultura do Rio grande do Sul disse que a perda do solo (superficial e camadas profundas) é enorme e complexa e a recuperação será em médio e longo prazo. O Vale do Taquari é uma das áreas mais afetadas.

O economista chefe da Federação da Agricultura do estado do Rio Grande do SUL (Farsul)Antônio Luz, disse que haverá reorganização geográfica das cidades gaúchas atingidas pela catástrofe climática. 

“Vamos ter transferir parte da estrutura produtiva gaúcha e muitos produtores terão que mudar de área e região porque produzir alimento ficou inviável na localidade atingida”, esclareceu Luz.

Milho

Ainda de acordo com a Emater/RS, a área estimada com milho abrangia 812.795 hectares; a produção prevista era de 5.202.976 toneladas; e a produtividade, de 6.401 kg/ha. Com base nos dados do Sisperdas, a área afetada totaliza 113.700 hectares, resultando em perdas de produção de 354.189 toneladas. A nova projeção indica que, após o evento, a produção será de 4.848.786 toneladas, e a produtividade estadual se reduzirá para 5.966 kg/ha.

Feijão

A produção estadual de feijão estava estimada em 79.743 toneladas em novembro de 2023, distribuídas em duas safras subsequentes. Com a estimativa de perda de 18.244 toneladas, a safra será reduzida para 61.499 toneladas, representando queda de 22,88% em relação à estimativa anterior.

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Fonte: Agroclima

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