Dália retoma atividades após 4ª enchente em menos de 1 ano
A Dália Alimentos disse na quarta-feira (5) que o frigorífico de suínos em Encantado e o Complexo Industrial Avícola em Arroio do Meio operavam normalmente na quarta-feira após as enchentes recentes que atingiram o Rio Grande do Sul, informou a empresa à CarneTec.
Ambos retomaram as operações no último dia 20 de maio, inicialmente em menor escala, após ficarem paralisados temporariamente.
Desde setembro do ano passado, a Dália Alimentos enfrentou quatro cheias na região que resultaram em prejuízos para a companhia e para o setor.
“Ainda não dimensionamos o prejuízo, mas sabemos que será em volume muito expressivo, uma vez que também atingiu a produção do campo, com morte de animais, destruição de instalações e deslizamentos em estradas e propriedades”, disse o presidente executivo da empresa, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, em nota divulgada pela companhia.
“Por isso, os prejuízos serão mais vultosos desta vez, mas vamos prosseguir em nossa missão, acreditando que temos condições, sim, de virar essa página.”
O frigorífico de suínos da Dália em Encantado foi o mais atingido, mas a recuperação foi rápida e eficiente, segundo a companhia. O complexo avícola em Arroio do Meio, pouco atingido por inundação, ficou sem operar pela falta de energia no local e precisou de limpeza e troca de alguns equipamentos eletrônicos.
A Dália sofreu prejuízos econômicos também relacionados ao período em que a indústria não operou.
“Cada vez que uma indústria suspende a produção, também cessa seu faturamento, pois não há produtos para comercializar. Além disso, não foi possível utilizar parte dos estoques existentes, devido à falta de energia elétrica para sua conservação, principalmente nas indústrias de leite e frango onde a restauração ocorreu após duas semanas”, disse Freitas.
Os estragos logísticos causados pela última cheia no Rio Grande do Sul também dificultaram o acesso dos funcionários ao trabalho e o transporte de matéria-prima que abastece as fábricas.
O executivo cobra a liberação de linhas de financiamento de longo prazo por bancos governamentais para investimentos preventivos a novas inundações.
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Fonte: Carnetec
