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Com perdas, colheita da soja vai chegando ao final no RS

A colheita da soja está na reta final no estado do Rio Grande do Sul. Após as chuvas de maio, a medida que os trabalhos estão sendo finalizados as perdas e prejuízos estão surgindo e sendo contabilizadas.

Em Rosário do Sul, a colheita da soja alcançou 95%; em Dom Pedrito, 76%; e em Candiota e Hulha Negra, 70%, de acordo com o último boletim da Emater/RS.

Em Bagé, os produtores de soja ainda enfrentaram imensas dificuldades devido à alta umidade do solo e dos grãos, além da presença de grãos avariados, que causam o embuchamento das máquinas colhedoras. Diversas cerealistas próximas a Bagé estão rejeitando cargas de soja com umidade acima de 25%, deixando os produtores sem opções para o depósito da safra.

Na Fronteira Oeste, em São Borja e Maçambará, a colheita está próxima da conclusão. No entanto, as cargas entregues em unidades de armazenamento apresentam altos percentuais de impurezas, e a porcentagem de grãos avariados cresce a cada semana, considerando que todas as lavouras estão em maturação há algum tempo. A produtividade está bastante variável, oscilando entre perda total e satisfatória, registrada no início da colheita, como observado em São Borja (3.900 kg/ha).

Em Ijuí, gradualmente, a colheita está sendo finalizada, restando apenas as lavouras de segundo cultivo, principalmente em Cruz Alta, Salto do Jacuí e Jóia, onde a semeadura foi mais tardia. A qualidade do produto está significativamente inferior, comprometida pelo longo período de alta umidade. A produtividade declina à medida que a colheita avança, mas, devido à pequena área ainda a ser colhida, não deverá interferir na produção total da região. A tendência é que a colheita seja finalizada nos próximos dias.

Em Pelotas, os danos extensivos provocaram perdas significativas nas áreas ainda por colher, ou impossibilitaram a operação. Nas últimas lavouras colhidas, a proporção de grãos aproveitáveis comercialmente tem sido inferior a 15%. Para evitar custos de frete desnecessários até as cerealistas, os produtores estão coletando amostras para análise e classificação, e, se viável, prosseguem com a colheita; caso contrário, as áreas são abandonadas. A produtividade regional está em 1.584 kg/ha. Na região, 71% foram colhidos.

Em Santa Maria, ainda restam algumas lavouras, porém a maioria não poderá ser colhida. A expectativa atual de produtividade é de aproximadamente 2.500 kg/ha. A região apresentará perda superior a 700 mil toneladas nesta safra, de acordo com informações da Emater/RS.

Em Soledade, estima-se que foram colhidas, antes das enchentes, 75% das áreas. Em contrapartida, nas lavouras que ainda não haviam sido colhidas e que foram atingidas pelas chuvas em maio, observou-se a deterioração progressiva na qualidade dos grãos ao longo do tempo. Em determinadas áreas, a colheita foi abandonada. A produtividade regional atual está em 2.830 kg/ha.

Colheitas finalizadas

Em Caxias do Sul, a colheita foi encerrada, e cerca de 20 mil hectares foram perdidos. O abandono de lavouras representa aproximadamente 10% da área cultivada na região. O rendimento médio está estimado em 3.459 kg/ha, considerando-se as perdas nas lavouras abandonadas. 

Em Erechim, a colheita também foi concluída. A produtividade média é considerada muito satisfatória e está estimada em 3.820 kg/ha. As áreas de resteva de soja, que permaneceram desprotegidas durante o período de enxurradas, apresentam elevadas perdas de solo e de fertilidade, exigindo reposição. Nas áreas erodidas, houve a formação de voçorocas, necessitando a utilização de máquinas para a sistematização do solo.

Em Frederico Westphalen, a colheita foi concluída e a produtividade final está estimada em 3.600 kg/ha. Em Passo Fundo, apenas 3% não foram colhidos, pois eram inviáveis economicamente. Mesmo assim, a produtividade regional é considerada excelente, estimada em 4 mil kg/ha.

Em Santa Rosa, foi possível concluir a colheita. Algumas lavouras, no entanto, não serão colhidas por se mostrarem inviáveis. Devido às perdas de produtividade nas últimas áreas colhidas, a produtividade final reduziu 4,4% em relação à produtividade inicial esperada, que era de 3.325 kg/ha, passando para 3.173 kg/ha.

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