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Inmet aborda o fim do fenômeno El Niño e possível formação da La Niña

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad) divulgaram nesta quarta-feira (12), o boletim nº 8 com o objetivo de apresentar o monitoramento, previsões e os possíveis impactos do El Niño no Brasil em 2024.

De acordo com o boletim, desde junho de 2023 as condições observadas de temperatura da superfície do mar mostram um padrão típico do fenômeno El Niño. Este padrão se apresenta na forma de uma faixa de águas quentes em grande parte do Oceano Pacífico Equatorial. ]

A partir de agosto, essa região apresentou sinais de atividade convectiva anômala em associação ao desenvolvimento de nuvens profundas, que são comumente observadas durante episódios do El Niño. 

O El Niño deste período foi classificado como de intensidade moderada a forte e embora não tenha sido o mais intenso já registrado, seus impactos foram significativos e com efeitos variados nas diferentes regiões do País. 

Chegada do La Niña

De acordo com as projeções estendidas do International Research Institute for Climate and Society (IRI), há possibilidade da formação do fenômeno La Niña partir do segundo semestre (julho-agosto-setembro de 2024), com probabilidade de 69% (figura 1).

Ao longo de junho de 2023 a abril de 2024, o Monitor de Secas mostrou a mudança da situação de seca em todo o País, sob influência do El Niño. 

Na região Norte, as áreas com seca aumentaram e a gravidade da seca passou de fraca a extrema em algumas áreas, enquanto que na região Sul, as áreas com seca moderada a extrema desapareceram gradualmente. 

Na região Nordeste ocorreram áreas com seca grave, que retrocederam a partir de março de 2024. De março para abril de 2024, o Monitor de Secas indicou redução da gravidade de seca em diversas áreas, como sudoeste do Amazonas, noroeste e norte de Mato Grosso, áreas do interior do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Alagoas, e sul da Bahia. Entretanto, persiste a situação de seca extrema em áreas no interior do Amazonas e oeste de Mato Grosso, e seca grave em Roraima, interior do Amazonas, sul de Rondônia, norte e sul de Mato Grosso, e interior do Tocantins.

Na região Sul, ocorreram eventos de inundação de excepcional magnitude no mês de maio, o que caracterizou o maior desastre por inundação no Rio Grande do Sul. 

No Sudeste, já se observam estações em situação de estiagem na bacia do rio Doce. No rio Paraíba do Sul apesar da situação de normalidade, as vazões estão em recessão. Na bacia do rio Paraguai, formadora do Pantanal, ainda persiste situação de seca na principal estação de monitoramento, Porto Murtinho, ao sul da bacia. 

Na Região Norte, as vazões estão em elevação nos rios tributários do rio Amazonas ao noroeste da bacia, e em recessão nos rios tributários ao sul. Na bacia do Rio Acre, após um período de elevação das vazões, as vazões encontram-se em níveis normais, porém já com um viés de recessão e tendência para a situação de estiagem. 

Na bacia do rio Branco, em Roraima, houve a reversão da condição de estiagem para normalidade com viés de subida nas estações. Destaca-se também a Bacia do Rio Madeira, em período de recessão e com cotas próximas ou abaixo da mínima histórica. 

Na região Nordeste, destaque para a bacia do rio São Francisco que apresenta a maioria das estações em situação de estiagem, caracterizando o período seco.  

Na Região Centro-Oeste, com o estabelecimento do período seco, a maioria das estações apresenta situação de estiagem na Bacia do Rio Tocantins e aquelas em condição de normalidade estão em recessão.

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